27 de novembro de 2010

Sou sempre tão mecânino: agradeço, elogio, reclamo e amo, roboticamente.

Ando sentindo falta de voar.
Pensando nas coisas e pessoas que eu quero, eu decidi as que eu não quero.
Não quero alguém que me coloque no chão. Eu criei asas, eu quero voar. Eu sinto o tempo todo um peso dentro de mim. Eu não o quero mais. Eu quero voar. Não quero que algo ou alguém me prenda no chão, eu quero mais é voar, sair por ai, viver.
Ando sentindo falta de viver. Ver pessoas, conhecê las, mudar a vida delas e deixa las mudar a minha. Eu quero mais. Tantas vezes eu me contentei com o que eu tinha, mas agora, o que eu tenho não é o suficiente. Nunca foi, talvez não vá ser.
Por que nos prendemos tanto ao chão? Vivemos pra ter alguém, conhecê la, amar, casar e ter filhos. Vivemos pra trabalhar, ter dinheiro, ter as coisas, mas e a vida? Temos que lutar para ter os sonhos e lutar significa ter o pé no chão. Talvez eu não queira ter os pés no chão.
Talvez, eu seja realmente complicada que só alguém mais complicado do que eu, me entenda. Talvez eu nem precise de alguém complicado. Mas o que eu quero mesmo, é alguém que me de asas. Porque eu quero voar. Eu quero que cada dia, possa ser diferente, mesmo na mesma rotina de sempre. Eu quero deixar de sentir o peso dentro do meu peito, essa angustia que me pesa os pés e não me deixa ser livre pra sonhar. Eu quero o apego ao desapego. Eu quero ser livre, eu quero. Somente quero.
Quero ter minhas asas e voar. Quero te dar asas e te fazer voar. Não quero a infelicidade vivendo em mim, criando raizes, me prendendo ao chão. Eu quero mais. Porque ninguém nunca deveria se contentar com o que se tem. Porque se contentar é se acorrentar, é se prender ao chão sem as asas da liberdade para ir a lugares onde não se sonha. Não precisamos viver a fantasia. Só não preciso me contentar com a realidade.
Eu sinto falta de viver. Eu sinto falta de respirar. Eu sinto falta de mim. Sinto falta de ter asas. Eu sinto falta de tudo aquilo que não pude conhecer, sentir. Eu sinto falta de tudo aquilo que me fez um dia me sentir viva. Eu sinto falta de andar pelas estrelas e girar entre as nuvens. Eu preciso viver.

Uma vez...

Éramos dependentes, viciados um do outro, e não se ver dava tremedeira, falta de ar, crise de abstinência.

21 de novembro de 2010

Dois Pontos

Se não precisa de nada, o que você faz aqui?

15 de novembro de 2010

.



Now that we see the signs, can we walk this line together?

1 de novembro de 2010

Pour Que L'amour Me Quitte

Eu me sinto alguém legal, na medida do possível.
Eu não sou dessas meninas que saem com todos os tipos de caras, eu sou, digamos, numa certa medida "certinha", por falta de palavras. Eu escolho com quem vou sair e por muitas vezes, essa pessoa é a escolha errada, mas eu sou boa nisso, boa em insistir no erro.
Qual o problema comigo? Acima do peso? Ok, superamos. Feia? Ok, superamos também. Baixa? Ok, podemos achar isso até mesmo encantador. Impaciente? Ok, posso melhorar. Ciumenta? Não com quem logo conheço. Então me diz, qual o problema comigo?

Pessoas banalizam o amor e conseguem encontrá lo em qualquer esquina, enquanto eu o valorizo e não consigo encontrar nada fora dos meus livros ou filmes. Será que o amor que eu espero, só existe dentro da minha cabeça? Aquele amor sincero, que me aceita como eu sou, que me protege, me diverte, não me deixa me sentir sozinha. Será que eu sempre vou ter essa impressão de que esse amor, só existe fora daqui? Será que eu super valorizo meus sentimentos? Será que eu quero viver em um livro e não no mundo real e por isso, nunca é como eu gostaria que fosse? Ou seria...

Escolher demais ou escolher de menos?
Vai ver eu sempre escolho as paixões mais complicadas, as paixonites nunca correspondidas, as pessoas que mais tem a tendencia a me fazer sofrer, querer me mudar e com dificuldades pra aceitar a "vida" que eu levo.
Talvez eu não esteja tão aberta para o amor. Vai ver é isso. Vai ver o amor é aquele sentimento super valorizado que não te faz chegar a muitos lugares e você nunca sabe ao certo o que esperar. Se deve esperar e como esperar.
Talvez o amor que eu queira ou espero só exista nos livros antigos, ou nos romances pra vender de hoje em dia. Aquele amor que vale a pena, que me faça feliz e não deixe me sentir sozinha, tenha com quem conversar, ver filmes, sair.
Talvez eu espere muito, ou talvez eu não espere nada. Mas na verdade, o que aconteceu com aquele amor de antes?

Simplesmente deixou de existir? Vendo pelos filmes, onde pra conseguir audiencia não basta ter romance, tem que ter nudez, ainda me perguntam por que eu me fechei para amor? Ficar por ficar, sexo por sexo, atração falando mais alto, valorização de estética, o que aconteceu com os romances? As flores e os sonhos?

O que foi que eu fiz que eu não acredito mais que amores sinceros e não baseados em sexo, consigam existir? Não sei. Raros são esses casos, obviamente, não devo me encaixar nesse contexto. Não acredito mais tanto no amor das pessoas, aqueles amores de um mês com milhares de "eu te amo", e no dia seguinte, "eu te amo" se torna, "adeus, amo outro." Não sei dizer se o problema é dentro de mim ou fora de mim. Mudança de vontade, trocas de parceiros como troca de roupa, o que houve enfim, com aquele de conhecer, querer e ficar e fazer de tudo pra ficar, quem sabe namorar e sonhar? Parece que quanto mais fácil você for, mais pessoas vão te valorizar e quanto mais dificil você for, mais rejeitada será! Ah sim, "facilidade" não significa ser amada e sim, ser usada.

Amor baseado em amor, só existe em antigos folhetins, não no mundo em que vivo e me vejo, hoje. Machucamos, magoamos, traimos, abandonamos, trocamos, enganamos. Distorcemos o amor e seu sentido mais puro. Então, eu fico assim. Sem saber onde procurar, como procurar e por quem procurar. Então, eu fico assim, sozinha, eu e as músicas e o romance idealizado. O que eu quero do amor e o que ele quer de mim? Que situação!

Talvez, eles tenham razão, eu me fechei tanto, que não vejo o amor a um palmo do meu nariz. Ele está por ai, mas não sei dizer onde achar. Ou talvez, na verdade, eu deva me perguntar o que houve com o amor de dentro de mim. Pois é certo, aqui ele não está. Quem sabe, num livro, ele me acha?