27 de dezembro de 2009

Liberdade.

Tem tanta coisa dentro de mim. E o que eu mais quero é poder ter a liberdade de falar.
Eu sou uma pessoa livre. Eu entro e saio na hora que eu quero. Eu faço as coisas com o meu corpo na hora que eu quero. Mas eu não me libertei de tudo aquilo que anda dentro de mim. Pesando.
Me prendendo ao chão. Não que eu queira voar. Não que eu queira levitar. Mas eu quero sim, gritar, correr, girar. Escapar de tudo aquilo que anda tanto me fazendo mal. Mas o que me resta perceber que o que mais me faz mal, sou eu mesma.

O que me incomoda em mim mesma? O que eu gosto? O que eu posso fazer pra mudar? Porque eu não quero ser pequena. Porque eu quero fazer diferença. Porque eu não quero ficar no sofá da sala e tentar fazer uma revolução. EU QUERO MAIS. Eu quero mais do que isso.

Eu quero que cada dia seja diferente. Eu não quero ser tão desacreditada quanto eu sou hoje. Porque eu sinto falta da menina que acendia vela pro anjo da guarda. Aquela que não tinha medo de dormir, porque algo viria incomodar o sono dela. Porque eu quero chorar tudo aquilo que eu tenho pra chorar.

Nem que eu tenha que listar aqui, tudo aquilo que me dói. Quero chorar cada coisa, sentir cada uma delas, evaporando, saindo de mim. Como a dor. Com dor. Eu quero que cada cicatriz seja aberta, cada dor seja gritada, cantada. Eu quero que cada felicidade seja exultada. Que cada tombo seja único e que me faça crescer. Que cada lágrima não seja repetitiva. Que eu possa sim, fazer algo diferente pra cada amigo. Que eu possa sim, fazer algo diferente pelo mundo. Não preciso salvar ninguém. Só preciso fazer com que ela acredite que pra mim, ao menos pra mim, ela é especial.

Eu quero que cada grande chuva que caia, que nela seja as lágrimas que eu calo dentro de mim. E que com ela, vá todo tristeza que eu possa sentir.
Quero parar de escrever os textos pra você. Quero parar de remoer porque ele cansou de mim. Quero parar de remoer por que eu me perdi.

Quero sentir areia gelada nos meus pés. Quero mergulhar no frio e sentir cada fio de vibração de água gelada que pode haver na minha alma. Quero ter alguém com quem possa realmente contar. Quero poder ser alguém romantica de novo, sem medo de entregar o coração. Sem romances passageiros, ou aqueles que me fazem terminar no quarto, trancada ouvindo High do James Blunt. Quero não ter medo. Não quero ser a mais corajosa, mas eu quero ser corajosa. Quero hoje, amanhã, e depois de amanhã fazer algo diferente pra mim. Fazer algo por mim.

Porque eu quero gritar toda dor que eu tenho. Porque eu quero conversar sozinha como eu fazia a noite toda, porque eu quero rir de mim, chorar comigo. Quero exorcizar (?) cada medo que eu tenho. Cada pavor que me faz ficar estagnada, cada ameaça de que eu sou pequena, burra e imprestável. Quero deixar pra trás as pessoas que me magoaram, copiaram, me fizeram mal. Quero me mudar, mas sem sair do lugar. Sem precisar magoar ninguém.

Eu só quero me sentir livre. O que eu preciso fazer?

26 de dezembro de 2009

Muda.Mudança.Muda.

Preciso te lembrar como tu era no inicio.
Era um vício dificil de deixar.

-

Como eu era no inicio?

Ice queen.

Sabe o que eu mais queria? Alguém que eu não precisasse muito me explicar.
Que me conhecesse, tentasse ao menos me entender, sem muitas palavras, sem muitos rodeios, sem frases de efeito ou pior, o efeito reverso.
É preciso encontrar alguém assim.

Não preciso de alguém que canse de mim quando eu mostrar o meu pior lado.
Não preciso de alguém que me faça mostrar o pior lado.

Eu queria sumir da sua vida. Que você tivesse coragem e me mandasse embora. Assim como ele fez. Talvez do mesmo jeito. Dê as costas e ignore. Oras, não foi isso que eu fiz com muita gente? Não deixei explicar, apenas dei as costas e segui. Nunca imaginei que doia tanto. Lhe digo, não significa que eu vá parar de fazer. Só nunca imaginei tamanha dor.

A patir daí eu ligo o automatico de novo. Não me importa acordar, trabalhar, voltar pra casa e repetir. Não me importa viver sem ter perigo. Não me importa viver. Eu sei que eu preciso de metas. Mas, quais são minhas metas?

Não conte comigo. Pra nada. Quando precisar de mim, procure as outras. A sua melhor amiga, ela, não existe mais. Não existe a priscila, nem a Impar, nem a Pequena, nem a sombra de tudo isso. Quero que ela pule num precipicio.

Quero que toda raiva seja exaltada, que cada gota de chuva demonstre minha dor, quero que o calor queime toda a tristeza e que suas cinzas sejam lembranças levadas pelo vento. Não quero mais nada que me ligue a você. Quero que a corrente seja quebrada, o laço rompido e se houver ianda um pacto, que ele seja desfeito.

Se a minha renovação não pode ser feita pela morte, que ela seja feita enfim, pelo rompido de todo laço que existe entre nós.

Eu quero uma vida nova. Um recomeço, renascimento. Quero ser forte e esquecer tudo o que houve. Não importa em qual vida foi. Eu só preciso me livrar do que ainda está em mim. Da sua dependencia. Da minha linha que encontra a tua, numa estrada tortuosa.

Que a linha agora seja reta. E que Deus me permita não olhar para os lados nem pra trás.

6 de dezembro de 2009

Não mais.

Todo dia acordo com o mesmo vazio. Dele, vem tudo o que eu ando carregando.
Mau humor, impaciencia, solidão, raiva, tristeza. Isso tudo e um pouco mais se alternam numa bela melodia que aos ouvidos comuns soa como rebeldia pré-emo-drama-queen-mexicana-louca-pós-moderno punk.

Eu me vejo de uma forma que ninguém mais me vê. Eu me ouço de uma forma que ninguém nunca vai entender. Eu penso de um jeito distorcido que só eu percebo. Meu angulo é diferente do seu. Você pode achar o meu angulo distorcido, mas pra mim, o seu está do lado errado.

Não me importa quantas vezes você precise escrever. Quantas vezes precise falar e repetir. Eu quase não ouço o que você tem a dizer e pouco me importa se você já quer desenhar.

Meu mau humor grita o seu nome. A minha impaciencia gera a minha raiva sobre mim mesma. A minha solidão vem acompanhada. A insegurança e o ciúme se tornaram meus melhores amigos.

E eu sigo na minha roda, gritando por alguém que nunca vai escutar, já que o grito; O grito continua preso na garganta.

O meu humor anda beirando a loucura.

5 de dezembro de 2009

I can't go any further than this.

Seria tudo mais fácil se nós pudessemos anteceder o que vem de ruim. Anteceder cada passo dado e no que futuramente ele se refleteria. Na verdade, eu só deveria pensar mais antes de fazer ou falar. Aí, talvez, eu tivesse um pouco de controle das coisas que me cercam.

Tenho milhares de perguntas, mas a resposta que tenho é única; "só ele pode te dar essa resposta". Seria fácil, seria simples, se ele falasse comigo. Seria fácil, seria simples se eu ligasse e conversasse. Seria fácil e seria simples se a coragem se tornasse ativa, o orgulho e a raiva deixassem de serem ativos e passassem a ser somente expectadores. Mas eles não desistem dos seus papéis e eu também não consigo força los a isso. Eu me torno a grande expectadora dos meus sentimentos.

Can you meet me halfway?

Quantas vezes já não me peguei me contorcendo com as lembranças? Não adianta, você pode apagar as fotos, os depoimentos, posts no fotolog, evitar o orkut e o twitter, abandonar o facebook, esquecer o msn, retirar as fotos do celular ou da parede do seu quarto, mudar o aparelho do seu celular!, deixar de ouvir músicas, odiar filmes e esquecer que tem tv a cabo, quando chegar a noite e você deixar sua mente relaxar, a primeira imagem é a da pessoa que você quer mais esquecer e o peso no seu coração é inevitável. Somos todos masoquistas. Não sou só eu, acontece com todo mundo. Você pode se ocupar, se acabar, viver bebado ou drogado, trabalhar até morrer, não trabalhar até morrer, quando voltam as lembranças, não há ser humano que se mantenha intacto. Não há noite que impeça de voltar aos bons momentos e ao fim dos bons momentos. Não há dia seguinte que se aguente com o sono. Porque sim, as lembranças também fazem você perder o sono. E a fome. OU, no meu caso, como demais, durmo demais, evito pessoas. Como se isso bastasse.

I can't go any further than this.

Uma música totalmente nova consegue me remeter aos bons momentos. E ao principal que eu queria lhe dizer. O meio termo. Eu queria o meio termo. Ou, o caminho do meio. Queria saber porque você fez isso. Se queria que eu saisse da sua vida, ou só foi também um momento de raiva. Se um dia eu vou conseguir deixar de ter raiva de você e você vai conseguir me perdoar por te mandar embora da minha vida. Se tudo isso faz diferença pra gente, ou a gente vai mesmo resolver tudo, mesmo depois de muito tempo, como foi dito naquele dia.


I did it again.


Eu descobri que eu consigo viver sim, sem você. Por mais que tudo pareça vazio e triste. Por mais que tudo não tenha mais cor, eu ainda to aqui, (mesmo evitando as pessoas, dormindo mais que tudo, mais irritada do que qualquer mulher com tpm) eu ainda to aqui. Com um buraco e dias nublados. E mesmo que você não me perdoe, eu só preciso saber que eu tentei. É o que eu pretendo um dia. Mas, pro bem de nós dois, não agora.

23 de novembro de 2009

Impressões - Jay Vaquer


Talvez seja o inicio de uma fila
Caso eu canse, guarde meu lugar
A sonora presença debochada de
Seu jeito me move
Como sentia, cometeria
O absurdo abstrato tá na sua mente
Justo onde deve estar


7 de novembro de 2009

City of Bones ; Page 171.

"Se você está realmente cansada, eu poderia te colocar para dormir", ele disse. "Te contar história para dormir."

Ela olhou para ele. "Você está falando sério?"

"Estou sempre sério."

Ela se perguntou se foi o cansaço que fez ambos ficarem um pouco loucos. Mas Jace não parecia cansado. Ele parecia quase triste. Ela colocou o caderno de esboços na mesa de cabeceira, se curvando lateralmente sobre o travesseiro. "Ok".

"Feche os olhos."

Ela fechou eles. Ela podia ver a imagem depois da luz da lâmpada refletida contra suas pálpebras, como minúsculos prismas.

“Havia uma vez um menino,” Jace disse.

Clary interrompeu imediatamente. “Um menino Caçador de sombras?”

“É claro.” Por um momento um pouco de divertimento coloriu sua voz. Então, ele tinha ido embora. "Quando o menino tinha seis anos, seu pai lhe deu um falcão para treinar. Falcões são aves de rapina - matam aves, seu pai lhe disse, um Caçador de Sombras no céu.

"O falcão não gostava do menino, e o menino não gostava dele, também. Seu bico afiado fazia ele ficar nervoso, e seus olhos brilhantes sempre pareciam estar observando ele. Aquilo podia cortar ele com o bico e as garras quando ele se aproximava: Por semanas seus pulsos e mãos estavam sempre sangrando. Ele não sabia, mas o seu pai tinha selecionado um falcão que tinha vivido na selva há mais de um ano, e, portanto, era quase impossível de domar. Porém, o garoto tentou , porque o seu pai tinha dito a ele para fazer o falcão ser obediente, e ele queria agradar a seu pai.

Ele ficou com o falcão constantemente, mantendo ele acordado e falando com ele e até mesmo tocando música para ele, porque um pássaro cansado está destinado a ser mais fácil de domar. Ele aprendeu o equipamento: a cinta das pernas, o capuz para vedar os olhos, o cabo, a trela que limitam o pássaro ao seu pulso. Ele estava mantendo o falcão cego, mas ele não podia continuar a fazer isso, em vez disso ele tentou se sentar onde a ave pudesse vê-lo enquanto ele tocava e alisava suas asas,disposto a confiar nele. Ele a alimentava na sua mão, e de primeira ela não quis comer. Mais tarde ela comeu tão selvagem que o seu bico cortou a pele da sua palma. Mas o menino estava satisfeito, porque eram progressos, e porque ele queria que a ave o conhecesse, mesmo que a ave tivesse que consumir o seu sangue para que isso acontecesse.”

Ele começou a ver que aquele falcão era bonito, que as asas finas foram construídas para a velocidade de vôo, que era forte e rápida, feroz e suave. Quando mergulhava no chão, era como se movido como a luz. Quando ele aprendeu a circular e chegar ao seu pulso, ele quase gritou com alegria.”

“Às vezes o pássaro pulava para o seu ombro e colocava o seu bico no seu cabelo. Ele sabia que a falcão o amava, e quando ele estava certo que não foi apenas domesticado, mas perfeitamente domesticado, ele foi até seu pai e lhe mostrou o que ele tinha feito, esperando que ele se mostrasse orgulhoso.”

"Em vez disso o seu pai pegou o pássaro, agora manso e de confiança, nas suas mãos e quebrou o seu pescoço." Eu lhe disse para torná-lo obediente, "seu pai disse, e largou o corpo sem vida do falcão no chão." Ao invés disso, você ensinou ele a amar você. Falcões não devem ser carinhosos animais de estimação: Eles são ferozes e violentos, selvagens e cruéis. Este pássaro não foi domado; ele foi arruinado.”

“Mas tarde, quanto seu pai deixou ele, o garoto chorou em cima do seu animal, até que eventualmente seu pai enviou um empregado para pegar o corpo da ave e enterrá-la. O menino nunca chorou novamente, e ele nunca esqueceu o que ele aprendeu: que o amor é para destruir, e ser amado é ser o que vai ser destruído.”

Fácil é a descida.

É fácil a descida ao inferno
A porta do tenebroso inferno fica aberta noite e dia.
Todavia,o regresso até acima, à atmosfera clara do céu,
passa por um caminho duro e penoso"

A Eneida, de Virgílio

.

Entre o agir de uma coisa horrível
E o primeiro movimento, todo o intervalo é
Como um fantasma, ou um sonho horrível:
O gênio e os instrumentos mortais
São então no conselho e o estado do homem,
Como de um pequeno reino, sofre então
A natureza de uma insurreição.


-William Shakespeare, Julius César

26 de outubro de 2009

Então escolha...

De que lado vai jogar.



Eu descobri a minha melhor parte.

Diga.

Hoje, acordei sem você
e eu só percebi
quando eu senti falta de mim
pois existem coisas que eu queria, mas
tem tantas coisas pra deixar pra trás
eu queria tanto te ouvir dizer agora

então diga, que não vai sair da minha vida
diga que não passa de mentiras
quando dizem que o amor morreu.

Diga (Fresno)


É só isso que eu preciso saber. E é quase sempre isso que ele sempre me fala. Eu só preciso saber disso, mas nada.

11 de setembro de 2009

Logo você.

. Logo você, deixando o agora pra depois? .









Me diga aonde quer chegar.






Me diz o que te faz feliz?

Talvez Passe.

Talvez passe
Meu coração está em greve
Minha alma está de luto
Meu corpo está ausente
Depressão, febre, angústia.

Minha aura está preta
Meus sentimentos esquecidos
Meus sonhos perdidos
Amargura infinita, sem sentido
Sem nada, sem ninguém.

Nada tem importância
Ninguém é tão necessário
A vida não tem porquê
Só há um caminho escuro
deserto...
Sem nenhuma esperança se quer.

Laura Bezerra. (L)


Mas, eu, eu tenho esperança. Eu ainda acredito em certas coisas.

I still wait for the moment "to write love on my arms".

Espera.

Se há coisas que conseguem matar uma menina, uma delas é a "espera". Há duas coisas extremamentes irritantes; você esperar o cara ligar no dia seguinte e esperar a ligação dizendo que você conseguiu ou não o emprego. Mas tudo envolve duas coisas: a espera e o celular. (ah, claro, há diversas coisas que irritam uma garota, mas isso estão na minha lista toptop irritação)

Como, uma coisa hoje em dia minuscula (ah, sim, tijolões estão fora de moda baby, o negócio é fit/ slim.) consegue irritar tanto sem tocar? A pior parte é quando toca. Dá AQUELE frio na barriga, o coração aperta e ta lá... o número que te chama. Mas, definitivamente, não é a ligação (ou sms) que você espera. Então se torna um tique nervoso. Você olha pra ele, basicamente de 1 em 1 segundo. Fica com medo de dormir e não ouvir ele tocar, se duvidar vai no banheiro carregando -o, e no meu caso, escuta a música o mais baixo possivel, assim, se ele tocar, eu escuto.

Por mais que você diga, que não importa se ele tocar ou não, há sempre a espera, a expectativa de tocar, daquela sms chegar e tudo, ou quase tudo, ficar bem. O problema é sermos ansiosos. Nem vem me dizer, todos, exatamente TODOS, já ficaram na cama, olhando, na esperança de que com a força do pensamento o número que você tanta anseia, apareça no seu visor escrito "Fulano de tal... Antender ou Recusar". Todos nós, já pegamos um outro telefone, discamos nosso número pra ver se está mesmo recebendo ligações, desligamos e tornamos a ligar, colocamos num volume alto, com o vibracall ligado, esperando.

A frustração de quando ele toca e não ser a pessoa que você quer, também merece destaque. Aquela tia que não te liga há seculos resolve ligar e contar todos os ultimos 10 anos em que você se ausentou familiarmente, exatamente no dia em que você espera a ligação. Ai você despacha ela rapidamente, não atende sua melhor amiga com a fofoca do dia seguinte pra te contar, com medo de você perder a bendita ligação.

Os sintomas da espera podem ir de um "simples" tique nervoso de olhar o celular a cada milésimo de segundo, como suas variações de dor de estomago, agitação, irritação, mau humor, sarcasmo demasiado e as vezes, no caso mais extremista, pessimismo e tristeza.

Esperar, qualquer coisa é extremamente ruim, mas é do ser humano, "sofrer" por isso. As vezes, isso pode nos trazer bons resultados, como aquela ligação te chamando pra ir no cinema ou dizendo que está com saudades, e também resultados não tão bons, como a ligação nunca chegar ou um "não" no trabalho. Não importa. No fundo, gostamos dessa ansiedade, ao contrário, não fariamos isso com outros seres humanos (ah sim, tem esse aspecto, mas não to afim de falar nele hoje. Estou esperando uma ligação). Não há uma formula pra isso melhorar, ah não ser deixarmos rolar e quando menos esperarmos, algo de bom (ou não tão bom) acontece. Não importa. Depois de um tempo, você percebe que coisas boas acontecem independente de celular, telefone de casa, email, sms, amigos em comum... Só resta diminuir a ansiedade, ser feliz e esquecer do celular. Escrevendo isso, me pergunto, onde será que o meu está? ;D

24 de agosto de 2009

It's time to come home.

Eu mal posso me mexer.
Eu mal posso respirar.
Eu não quero abrir os olhos e encarar o que está acontecendo.
As imagens veem a minha cabeça, como se eu não pudesse evitar, como se eu não quisesse evitar. Tudo me lembra que eu estou abrindo mão, que sou eu que estou desistindo e que você está diferente de tudo que era meu um dia.
Parece que eu vou sufocar.
O tempo congela, mas só aqui. Lá fora tudo passar rápido demais, e você. Você está lá fora...
Eu sinto que agora eu vou suforcar, que agora eu vou te perder, que agora eu tenho que deixar você ir. Que você tem que ir.
Não há mais ar, não há mais cores, não há nada que me prenda aqui. Não há nada que te segure dentro de mim. Tudo me sufoca.
As lembranças. As músicas. As fotos. Os textos. As brigas. Tua voz, tua cor. Tudo me sufoca. Parece que não há mais vida, que vou morrer.

Mas não morro. É tua lembrança que me mantém viva. A esperança da gente viver em paz, um dia.

Necessidade

Você nem percebe quando eu preciso de você.
Você não percebe o meu tom de voz diferente,
Os meus abusos, as minhas cobranças.
Você realmente não percebe quando eu preciso de você.

Você só percebe que eu estou diferente,
Você nota que eu não estou no meu estado normal,
Você sente que eu estou irritada, triste, abusada,
Mas você não nota que eu estou pedindo você.

Esse é o meu pedido de socorro silencioso.
Poucas pessoas têm a capacidade de escutar a minha voz nesse caos emocional,
Você nunca teve essa capacidade, é verdade,
Mas é que tudo mudou tanto,
Que eu pensei que você tivesse aprendido a ler o meu olhar.

E é nesse momento que você mais se afasta de mim,
É nesse momento que eu me vejo mais só,
É nesse momento que eu me sinto mais só,
É nesse momento que eu mais preciso que você não me deixe só.

Mas, você não percebe na minha voz o socorro subliminar,
Você não entende a ansiedade dos meus olhos,
O movimento dos meus pés nervosos,
A minha respiração curta e rápida.

Você até percebe,
Mas faz a leitura ao contrário e vai embora,
Eu sei que é difícil ficar...
Mas eu preciso tanto de você quando estou assim.

Preciso tanto da sua segurança quando estou perdida,
Preciso tanto da sua graça quando estou triste,
Preciso tanto do seu respeito quando me desprezo,
Preciso tanto do seu carinho quando parece não haver mais caminho,
Preciso tanto da sua paz quando tudo para mim é caos.

E você nem percebe que eu preciso tanto de você assim!
E me deixou sozinha,
E aceitou a minha decisão,
E concordou com a minha falta de razão,
E eu…tentando fazer você entender que eu preciso tanto de você aqui.

Germana Facundo

21 de agosto de 2009

Quase.

Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais - por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia – qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!

Caio Fernando de Abreu

Eu quase.

Após ler isso eu fiquei pensando quantas vezes fui
chamada de covarde, ou indecisa, pois na hora em que
eu deveria ter lutado, eu simplesmente "desisti".
Quando você (quase) sabe o que fazer, e a pessoa
não, o seu quase é o que conta mais. O que adianta
você lutar, se machucar, sofrer, se você não é aquilo
que a pessoa quer? Você não é tão liberal, você não é
loira, você não mora no sul, nem veio de São Paulo,
Minas ou Acre. Você não bebe cerveja, não curte
vinho. Você não é tão engraçadao nem tão divertido,
você não é direto nem curte pagode,você não é
perfeito. Então, por que não no meio da batalha você
parar e: "Olha só, eu sei que vou perder, então pro
meu país sair menos estraçalhado, estou carregando
minhas coisas e vou pra um canto. Parabéns, alguém
ganhou mas não fui eu. Não importa, to ali caso não
queira brigar". Pelo menos eu sei que eu escolhi esse
tipo de dor. E não escolhi o fim trágico de não saber o
fim. De que não deu certo e eu perdi. Eu sei lidar com
as minhas escolhas. Parei de remoer. "Mas e se..."
Mas e se, droga nenhuma! E se fosse pra dar certo e
ser feliz, teria dado certo e seriamos felizes. Ponto.
Mas se não deu e eu fiquei com o meu "quase" é
porque o meu "quase" naquele momento era o certo.
Não vou negar, as cicatrizes estão ai pra todos verem,
a minha fratura está bem exposta, se souber procurar,
é só olhar nos meus olhos. A tristeza também deixa
marcas profundas. Mas, eu sei lidar com a decisão
que EU tomei. Será que eu saberia viver com a
decisão da vida? Com a decisão do nosso fim?
Podendo ser ou não, loucura, medo, covardia,
indiferença,o que quer que as pessoas chamem isso, foi o meu "quase" que me trouxe até onde
eu cheguei. A dor existe. Os dias chuvosos e frios
como hoje, também! Mas, chove pra todo
mundo. Assim como dói pra todo mundo. Eu gosto da
frase "dói pra todo mundo". Porque DÓI. As vezes de forma
escondida, mas tá ali. Corroendo, machucando,
destruindo, sufocando. Quantas vezes achei que ia
morrer, mas não morro. O que diferencia você e sua
dor, é a forma como você a vive. É a forma que você a
carrega. É a forma como você a sente. Assim são
suas escolhas. Não adianta remoer. Isso não te leva,
nem me leva a lugar nenhum. Resta saber sim, como
encarar e carregar suas escolhas e sua dor. Porque
um dia, a dor também te abandona. As vezes, ela já ate
te abandonou e você carrega apenas o peso. Portanto,
as invés de carregar a dor, escolhi carregar a leveza
de ter escolhido e terminar assim, sendo eu, tão
"estranha", porém com a minha "quase" certeza de ser
quem eu sou e não ter vergonha ou medo de assumir.
Afinal, eu também sinto dor, principalmente quando
chove.

3 de agosto de 2009

As quadras dele (II)

(...)
Tanto ódio e tanto amor
Na minha alma contenho;
Mas o ódio inda é maior
Que o doido amor que te tenho.

Odeio teu doce sorriso
Odeio teu lindo olhar,
E ainda mais a minh'alma
Por tanto e tanto te amar!

(...)

Florbela Espanca.

-

Choveu. Eu fui ler Florbela. Nos dias que eu mais fico triste, parece que a chuva se compadece e cai do céu pra me animar. É sempre assim, chove e parece que as lágrimas se animam com a chuva e resolvem cair. Quando as coisas estão dificeis, eu tento me segurar num ponto seguro. Mas hoje, qual seria meu ponto seguro? A maior parte dos meus amigos acha que eu deveria "tomar uma atitude". Mas te pergunto, qual seria essa atitude? Ah sim, eu gostaria de mudar. Tudo, me dê outra vida e eu lhe serei eternamente grata. Se não pode, não me critique. Eu estava lá quando precisou, isso deveria ser o bastante não?

Nãaao! A vida não é esse colorido porque há o amor, porque da mesma forma que há o amor, há os corações partidos, a desilusão, e aí? Onde fica o colorido do mundo? Não, não me diga que o mundo gira por causa do amor.

Não sei. Parece que eu fiz uma tatuagem. Já tirei você de vista, evito pensar em você e tento fingir que você nunca existiu. Aí, me encontro chorando e minha maior vontade é te ligar e dizer "Preciso de você". Me pergunto quando devo procurar você. Se não te procurar, só te procuro quando tenho problemas, se te procurar, deve ser porque tenho problemas, ou quero só "brigar" com você.

Sinto falta. Estou nostálgica. Sinto falta das nossas conversas em bancos do center. Na escada do prédio. Lembro cada vez que olhei em seus olhos quando estava no meu colo. Engraçado, algumas lembranças tenho bem nitidas, outros as vezes me vem a cabeça. Porque você, mesmo quando eu não quero me vem a cabeça. Como agora. Queria tanto nossa antiga e simples amizade. Hoje, tão complexa e cheia de gente, nem parece nós. Um dia, Alma Trigemea. Sinto falta dele. Sinto falta da menina que eu era. Ao menos, minha paixão por Florbela, ainda é a mesma.

Passado.

Ontem eu estava vendo o Multishow e de repente tocou a banda que eu mais tenho sentido falta. Não que isso seja novidade, mas eu sinto muito a falta de Los Hermanos. Sem dúvida nenhuma, é a banda que eu mais me indentifiquei ate hoje.

Ao ouvir "A Flor", logo nos primeiros acordes, eu já senti as lágrimas escorrendo. Pode até parecer coisa de fanática, mas com eles, eu conseguia me sentir compreendida. Não era só uma música, ou um cd que eu me indentificava, foram os 4. Eu fui em shows, basicamente alguns se tornaram uma maratona, mas aquilo me fazia bem. Sem contar que eu conheci uma das minhas melhores amigas numa fila de LH. E hoje em dia?

Okay, hoje em dia eu tenho bandas que eu me indentifico. Não completamente, mas boa parte. Mas ainda assim. A tensão dos shows, comprar o ingresso adiantado, correr pra ficar de frente pro Amarante, ou mesmo longe, no lado dele. Chorar ouvindo "O velho e o moço" ou meu clássico particular, Sentimental. O número de vezes que eu cai no choro com essa música é incontável. Todo show, cada vez que eu escutava, eu caia num choro impagavel, de lavar a alma. E era assim que eu saia dos shows. De alma lavada. Cantava até perder a voz, pulava, chorava, ria. Meus barbudos, minha vida cantada por quatro cariocas. Um Rodrigo que me fazia chorar. Afinal, Rodrigos me fazem chorar, já que hoje, a banda "tampa buracos de Priscila" também tem um Rodrigo que me faz cair em lágrimas, mas isso, fica pra mais tarde.

Sinto falta de ver o Alex distribuindo sorrisos e adesivos antes dos shows. Sinto falta de ver o Camelo cantando com o Rodrigo Amarante num palco com um Bruno quieto, mas fazendo o melhor clipe da minha vida ( O vencedor ) e um Barba sempre simpático.

Hoje em dia, não há mais nada disso. Parece que o encanto, acabou. Como tudo, acaba.

Acabou Gilmore Girls, Los Hermanos, prendedores de cabelo bons, amigos verdadeiros, diversão no colégio, amores eternos, bons filmes, biscoito em forma de bichinhos, Harry Potter, natal em família, trocadores de onibus,bons cd's e a pipoca [e mais uma imensa lista].

Posso estar nostáligica, mas, parece que a cada dia mais as coisas boas acabam.

-


Enfim, novo blog. Manterei "Kira is killing Me", mas lá é mais pessoal que aqui.

Pós - Escrito: caso não queiram pegar o dicionário Milonga significa " Desculpas Esfarrapadas", que é o que eu mais faço. E também é uma música do Fresno, pra mim, uma das melhores. =)