27 de dezembro de 2009

Liberdade.

Tem tanta coisa dentro de mim. E o que eu mais quero é poder ter a liberdade de falar.
Eu sou uma pessoa livre. Eu entro e saio na hora que eu quero. Eu faço as coisas com o meu corpo na hora que eu quero. Mas eu não me libertei de tudo aquilo que anda dentro de mim. Pesando.
Me prendendo ao chão. Não que eu queira voar. Não que eu queira levitar. Mas eu quero sim, gritar, correr, girar. Escapar de tudo aquilo que anda tanto me fazendo mal. Mas o que me resta perceber que o que mais me faz mal, sou eu mesma.

O que me incomoda em mim mesma? O que eu gosto? O que eu posso fazer pra mudar? Porque eu não quero ser pequena. Porque eu quero fazer diferença. Porque eu não quero ficar no sofá da sala e tentar fazer uma revolução. EU QUERO MAIS. Eu quero mais do que isso.

Eu quero que cada dia seja diferente. Eu não quero ser tão desacreditada quanto eu sou hoje. Porque eu sinto falta da menina que acendia vela pro anjo da guarda. Aquela que não tinha medo de dormir, porque algo viria incomodar o sono dela. Porque eu quero chorar tudo aquilo que eu tenho pra chorar.

Nem que eu tenha que listar aqui, tudo aquilo que me dói. Quero chorar cada coisa, sentir cada uma delas, evaporando, saindo de mim. Como a dor. Com dor. Eu quero que cada cicatriz seja aberta, cada dor seja gritada, cantada. Eu quero que cada felicidade seja exultada. Que cada tombo seja único e que me faça crescer. Que cada lágrima não seja repetitiva. Que eu possa sim, fazer algo diferente pra cada amigo. Que eu possa sim, fazer algo diferente pelo mundo. Não preciso salvar ninguém. Só preciso fazer com que ela acredite que pra mim, ao menos pra mim, ela é especial.

Eu quero que cada grande chuva que caia, que nela seja as lágrimas que eu calo dentro de mim. E que com ela, vá todo tristeza que eu possa sentir.
Quero parar de escrever os textos pra você. Quero parar de remoer porque ele cansou de mim. Quero parar de remoer por que eu me perdi.

Quero sentir areia gelada nos meus pés. Quero mergulhar no frio e sentir cada fio de vibração de água gelada que pode haver na minha alma. Quero ter alguém com quem possa realmente contar. Quero poder ser alguém romantica de novo, sem medo de entregar o coração. Sem romances passageiros, ou aqueles que me fazem terminar no quarto, trancada ouvindo High do James Blunt. Quero não ter medo. Não quero ser a mais corajosa, mas eu quero ser corajosa. Quero hoje, amanhã, e depois de amanhã fazer algo diferente pra mim. Fazer algo por mim.

Porque eu quero gritar toda dor que eu tenho. Porque eu quero conversar sozinha como eu fazia a noite toda, porque eu quero rir de mim, chorar comigo. Quero exorcizar (?) cada medo que eu tenho. Cada pavor que me faz ficar estagnada, cada ameaça de que eu sou pequena, burra e imprestável. Quero deixar pra trás as pessoas que me magoaram, copiaram, me fizeram mal. Quero me mudar, mas sem sair do lugar. Sem precisar magoar ninguém.

Eu só quero me sentir livre. O que eu preciso fazer?

26 de dezembro de 2009

Muda.Mudança.Muda.

Preciso te lembrar como tu era no inicio.
Era um vício dificil de deixar.

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Como eu era no inicio?

Ice queen.

Sabe o que eu mais queria? Alguém que eu não precisasse muito me explicar.
Que me conhecesse, tentasse ao menos me entender, sem muitas palavras, sem muitos rodeios, sem frases de efeito ou pior, o efeito reverso.
É preciso encontrar alguém assim.

Não preciso de alguém que canse de mim quando eu mostrar o meu pior lado.
Não preciso de alguém que me faça mostrar o pior lado.

Eu queria sumir da sua vida. Que você tivesse coragem e me mandasse embora. Assim como ele fez. Talvez do mesmo jeito. Dê as costas e ignore. Oras, não foi isso que eu fiz com muita gente? Não deixei explicar, apenas dei as costas e segui. Nunca imaginei que doia tanto. Lhe digo, não significa que eu vá parar de fazer. Só nunca imaginei tamanha dor.

A patir daí eu ligo o automatico de novo. Não me importa acordar, trabalhar, voltar pra casa e repetir. Não me importa viver sem ter perigo. Não me importa viver. Eu sei que eu preciso de metas. Mas, quais são minhas metas?

Não conte comigo. Pra nada. Quando precisar de mim, procure as outras. A sua melhor amiga, ela, não existe mais. Não existe a priscila, nem a Impar, nem a Pequena, nem a sombra de tudo isso. Quero que ela pule num precipicio.

Quero que toda raiva seja exaltada, que cada gota de chuva demonstre minha dor, quero que o calor queime toda a tristeza e que suas cinzas sejam lembranças levadas pelo vento. Não quero mais nada que me ligue a você. Quero que a corrente seja quebrada, o laço rompido e se houver ianda um pacto, que ele seja desfeito.

Se a minha renovação não pode ser feita pela morte, que ela seja feita enfim, pelo rompido de todo laço que existe entre nós.

Eu quero uma vida nova. Um recomeço, renascimento. Quero ser forte e esquecer tudo o que houve. Não importa em qual vida foi. Eu só preciso me livrar do que ainda está em mim. Da sua dependencia. Da minha linha que encontra a tua, numa estrada tortuosa.

Que a linha agora seja reta. E que Deus me permita não olhar para os lados nem pra trás.

6 de dezembro de 2009

Não mais.

Todo dia acordo com o mesmo vazio. Dele, vem tudo o que eu ando carregando.
Mau humor, impaciencia, solidão, raiva, tristeza. Isso tudo e um pouco mais se alternam numa bela melodia que aos ouvidos comuns soa como rebeldia pré-emo-drama-queen-mexicana-louca-pós-moderno punk.

Eu me vejo de uma forma que ninguém mais me vê. Eu me ouço de uma forma que ninguém nunca vai entender. Eu penso de um jeito distorcido que só eu percebo. Meu angulo é diferente do seu. Você pode achar o meu angulo distorcido, mas pra mim, o seu está do lado errado.

Não me importa quantas vezes você precise escrever. Quantas vezes precise falar e repetir. Eu quase não ouço o que você tem a dizer e pouco me importa se você já quer desenhar.

Meu mau humor grita o seu nome. A minha impaciencia gera a minha raiva sobre mim mesma. A minha solidão vem acompanhada. A insegurança e o ciúme se tornaram meus melhores amigos.

E eu sigo na minha roda, gritando por alguém que nunca vai escutar, já que o grito; O grito continua preso na garganta.

O meu humor anda beirando a loucura.

5 de dezembro de 2009

I can't go any further than this.

Seria tudo mais fácil se nós pudessemos anteceder o que vem de ruim. Anteceder cada passo dado e no que futuramente ele se refleteria. Na verdade, eu só deveria pensar mais antes de fazer ou falar. Aí, talvez, eu tivesse um pouco de controle das coisas que me cercam.

Tenho milhares de perguntas, mas a resposta que tenho é única; "só ele pode te dar essa resposta". Seria fácil, seria simples, se ele falasse comigo. Seria fácil, seria simples se eu ligasse e conversasse. Seria fácil e seria simples se a coragem se tornasse ativa, o orgulho e a raiva deixassem de serem ativos e passassem a ser somente expectadores. Mas eles não desistem dos seus papéis e eu também não consigo força los a isso. Eu me torno a grande expectadora dos meus sentimentos.

Can you meet me halfway?

Quantas vezes já não me peguei me contorcendo com as lembranças? Não adianta, você pode apagar as fotos, os depoimentos, posts no fotolog, evitar o orkut e o twitter, abandonar o facebook, esquecer o msn, retirar as fotos do celular ou da parede do seu quarto, mudar o aparelho do seu celular!, deixar de ouvir músicas, odiar filmes e esquecer que tem tv a cabo, quando chegar a noite e você deixar sua mente relaxar, a primeira imagem é a da pessoa que você quer mais esquecer e o peso no seu coração é inevitável. Somos todos masoquistas. Não sou só eu, acontece com todo mundo. Você pode se ocupar, se acabar, viver bebado ou drogado, trabalhar até morrer, não trabalhar até morrer, quando voltam as lembranças, não há ser humano que se mantenha intacto. Não há noite que impeça de voltar aos bons momentos e ao fim dos bons momentos. Não há dia seguinte que se aguente com o sono. Porque sim, as lembranças também fazem você perder o sono. E a fome. OU, no meu caso, como demais, durmo demais, evito pessoas. Como se isso bastasse.

I can't go any further than this.

Uma música totalmente nova consegue me remeter aos bons momentos. E ao principal que eu queria lhe dizer. O meio termo. Eu queria o meio termo. Ou, o caminho do meio. Queria saber porque você fez isso. Se queria que eu saisse da sua vida, ou só foi também um momento de raiva. Se um dia eu vou conseguir deixar de ter raiva de você e você vai conseguir me perdoar por te mandar embora da minha vida. Se tudo isso faz diferença pra gente, ou a gente vai mesmo resolver tudo, mesmo depois de muito tempo, como foi dito naquele dia.


I did it again.


Eu descobri que eu consigo viver sim, sem você. Por mais que tudo pareça vazio e triste. Por mais que tudo não tenha mais cor, eu ainda to aqui, (mesmo evitando as pessoas, dormindo mais que tudo, mais irritada do que qualquer mulher com tpm) eu ainda to aqui. Com um buraco e dias nublados. E mesmo que você não me perdoe, eu só preciso saber que eu tentei. É o que eu pretendo um dia. Mas, pro bem de nós dois, não agora.