26 de dezembro de 2010

Sing about everyone you left behind.


Eu sempre fui do tipo que achava que não precisava de ninguém. Até que eu encontrei amigos que me fizeram mudar de idéia. Acho que nunca soube o quanto amizade é algo frágil e complicado. A pessoa te conhece de um jeito, você muda, você cresce, as vezes, você regride. As pessoas mudam. Os corações mudam. Mas e ai? O que fazemos a respeito disso? O que acontece com a amizade? Será que é como um casamento que você fica na corda bamba, equilibrando em arame farpado com bandejas com cristais, lembranças limpidas de dias felizes e com um passo errado, você simplesmente cai de um altura que pode quebrar cada pedaço de seu corpo, principalmente o seu coração e suas lembranças mais queridas e mesmo se você caminhar corretamente, sem tropeçar, aonde está o outro lado que nunca chega? É uma corda eterna. O que te equilibra?

O que te dá força pra continuar a andar até o outro lado? E a rotina? Quando "e ai, quais são as novidades?" não é o suficiente. Quando conversar sobre música, trabalho, amigos, nada disso basta. Quando você se sente um peixe fora do aquário, onde todos tem namorados, faculdade, emprego. Você tem tempo de sobra. Eles precisam de mais 24 h, eles tem tempo de menos. E ai? E ai quando o que você tem não é o suficiente? O que te sustenta? O que te dá apoio?

Relacionamentos pra mim são tão frageis quanto uma vida humana. Relacionamentos pra mim são tão complicados, como a explicação sobre Deus, como o mundo foi criado ou pra onde vamos depois que morremos. Há várias explicações, lados, teorias, há sempre alguém que sabe mais disso, que sabe que acha mais do que isso. Que sua teoria é a correta, só existe um lado da moeda. Mas, me diga, qual é o lado certo da moeda? É como se você assistisse tudo somente de um lado de uma pintura, uma escultura, você nunca olha todo o quadro, todo o contexto, só aquilo que lhe convém, chama atenção. Na maioria das vezes, é a você mesmo.

Então, dependemos de relacionamentos, porém não sabemos nos relacionar. Tratamos tudo com posse, comodismo, egoísmo, ciúme, intolerância. Não ouvimos, porém cuspimos tudo aquilo que supomos ser verdade, mesmo que essa verdade só seja válida, só seja entendida, por sua parte. E ai? Quando não ouvimos. Quando ouvir, não é o suficiente. O que fazer? Mudar de novo? Ser outro você? Mudar a rotina? Mudar os amigos? Voltar a ser o que você era? O que você era?

Mas e quando quem não reconhecemos não é a nos mesmo e sim todo o contexto, todas as outras pessoas? E quando você se pergunta: "Vale a pena?" Vale a pena? Anos de amizade serem assim, jogados ao vento, sem o grito de "Liberdade" e sim com "Eu desisto". E o tal do APS, amigos para sempre? Quando a vida se encarrega de te separar dos amigos, quando seus amigos são pessoas que você toma café da manhã no trabalho e não pessoas que você vai encontrar para conversar sobre tudo, reclamar sobre o chefe.

Quando me tornei tão chata? Quando, minha amizade não foi o suficiente e eu não vi? Quando eu tinha tempo demais, mesmo com a vida corrida e todos tem tempo de menos. O que é amizade? O que são relacionamentos? Por que são tão frágeis e a qualquer e minima crise, se rompe como um ligamento mal feito. Por que eu me reconheço mas as pessoas me veem como uma total estranha? Será que passei tanto a asbtrair que já não sei quem é certo ou quem é errado? O mais engraçado, é que eu ainda sei quem importa pra mim e quem não importa. Seria isso, o que realmente importa?Não sei... Você não vê o que eu sou. Você ve apenas o que deseja ver. Se desejar me ver como uma estranha, o que eu posso fazer? Há coisas, como a explicação do por que o céu é azul, que eu simplesmente não sei dar.

Girl, you have to be what tomorrow needs.

So, what do you need?

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